A seca e o calor persistentes estão tendo um efeito negativo cada vez maior sobre os citricultores mexicanos. De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produtividade média da produção de laranjas por hectare deve cair 34% em 2020, passando de 14,36 toneladas por hectare para 9,51 toneladas por hectare.
As laranjas no México são, em média, bastante
antigas. Dessa forma, a seca e as altas temperaturas estão atingindo mais
intensamente, reduzindo o tamanho e a qualidade dos frutos. Muitos citricultores
não usam os métodos corretos de irrigação, pesticidas ou fertilizantes, o que
tem agravado o problema. Parte da culpa se deve ao declínio do apoio
governamental ao setor, o que significa que muitos pequenos agricultores não
podem pagar pela modernização dos pomares.
Entre 30% e 50% das laranjas mexicanas disponíveis
são destinadas à indústria de processamento. Lá eles são transformados em
suco. A maior parte desse suco é exportada para os EUA.
A seca também está afetando a safra de limão, outra
fruta cujo o México é um grande produtor. A projeção é de que a safra 2019/2020
feche em volumes 10% menores em relação a safra anterior.