A citricultura continua sendo uma das principais culturas geradoras de empregos no país. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), de julho a setembro de 2020, período que marca o primeiro trimestre do ano safra 2020/2021, o setor gerou um total de 10.554 postos de trabalhos. Apesar de o valor representar uma redução de 14% em relação às 12.339 vagas geradas no mesmo período da safra anterior, os pomares de laranja mostram uma participação importante no total de vagas criadas no país, respondendo por 8,89% do total de admissões feitas pela agricultura em todo o Brasil, que soma 118.716 vagas.
A diminuição nas admissões da
citricultura acontece por causa da bienualidade da safra, que nesta temporada
tem uma produção cerca de 26% menor em comparação ao período passado. “A
colheita da citricultura é extremamente demandante de mão de obra. Uma colheita
menor, acaba necessitando de menos pessoas. Mas ainda assim, podemos observar
uma participação importante do setor na geração de empregos”, analisa o
diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Do total das vagas criadas pela
citricultura, 86% estão no Estado de São Paulo, com um total de 9.163
admissões. Isso significa que do total de 63.547 vagas criadas pela agricultura
paulista entre julho a setembro de 2020, a produção de laranja foi responsável
por 14,42%. De janeiro a setembro desse ano, a citricultura já soma 31.584
admissões. “O fato é que a citricultura,
todos os anos, colabora com cerca 40 mil vagas ao longo do ano, com todas as
proteções legais aos trabalhadores em regiões que são carentes de vagas
formais, o que gera renda e desenvolvimento para o interior de São Paulo”,
explica Netto.
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