A queda na produção de laranjas das variedades Taroco e Moro
acendeu o sinal amarelo para produtores e indústria, segundo Aurelio
Pannitieri, da empresa Rosaria P.O. “Nós temos pelo menos 50% menos laranjas
Taroco e quantidades mais baixas da variedade Moro.”, explica.
De acordo com Pannitieri, é difícil identificar os reais
motivos por trás do cenário. “Os rendimentos estão menores, especialmente nas
árvores mais velhas, enquanto as novas plantas não estão em sua capacidade
máxima produtiva, de modo que não conseguem compensar a menor produção das
demais. Eu acredito que o frio em março de 2012 pode ter contribuído também,
mas é difícil afirmar, porque isso nunca aconteceu antes”.
Mas há também notícias positivas sobre a safra 2014/2015, como
o fato de que as laranjas têm maiores tamanhos do que no ano anterior, quando “boa
parte da produção foi destinada à indústria processadora”.
Outro aspecto positivo é a falta de atividade no vulcão
Etna, que poderia prejudicar plantas e frutas. Além disso, os produtores estão
preocupados com o clima, já que as temperaturas estão mais altas do que o
habitual, o que aumenta o risco de doenças e atrasa o processo de pigmentação
das laranjas.
Por fim, Pannitieri não acredita que a falta de laranjas irá
ditar uma temporada mais curta. “Tudo vai depender dos acordos firmados com os
distribuidores. Não faz sentido promover um produto e não tê-lo para vender
quando a demanda está alta. É nosso trabalho garantir que a produção seja vendida
para alcançar os melhores resultados”.